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Sobram buracos e falta luz no Bairro Itararé

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Foto: Natália Venturini
Rua Antônio Victor Menna Barreto tem buracos e fica cheia de barro em dias de chuva

O Bairro Itararé está tomado pela buraqueira. Mesmo nas ruas com paralelepípedos, o problema é frequente. Algumas das vias que estão em piores condições de trafegabilidade na vizinhança são as ruas Oscar Henrique Zappe, Carlos Lauda, Doutor Luiz Mallo, Visconde de Ferreira Pinto, Suzana, Doutor Antônio Victor Menna Barreto e Euclides da Cunha. Os moradores reclamam que, em dias de chuva, é quase impossível passar, já que a água acumula nos buracos, deixando o trajeto ainda mais complicado.  

O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a buraqueira
Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, as ruas são calçadas com pedra irregular (com exceção da Rua Euclides da Cunha que é pavimentada e recebe manutenção periódica). As demais vias estão com a manutenção prejudicada, conforme a pasta, devido à falta de calceteiro no quadro de servidores da prefeitura. 

A vendedora Denise de Lourdes Carvalho Cardoso, 32 anos, lamenta a buraqueira, mas diz que a insegurança no local é ainda pior, já que falta iluminação em grande parte das ruas.

Insegurança e lixo atrapalham moradores do Bairro Camobi

- A vontade que eu tenho é de mudar de casa, sair do bairro. Mas estamos tão acostumados com a falta de segurança que os vizinhos e conhecidos da rua cuidam uns dos outros. À noite, temos que usar a lanterna do celular para conseguir caminhar na rua, já que, nos postes de energia elétrica, não existem lâmpadas. Estamos abandonados aqui - reclama ela.
O QUE DIZ A BRIGADA MILITAR
O Diário entrou em contato com a Brigada Militar, mas, até o fechamento desta edição, o órgão de segurança não havia dado retorno à reportagem.

A moradora tem dois filhos, de 3 e 4 anos. Para levá-los ao colégio, teve de contratar um carro particular, já que a falta de pavimentação e o fato de o transporte coletivo não passar pela Rua Antônio Victor Menna Barreto dificultam o deslocamento diário com as crianças.

Parque e ruas do Bairro Juscelino Kubitschek precisam de reforma

- Se o ônibus ainda passasse aqui na rua ou se tivesse uma van escolar que buscasse as crianças, talvez eu não precisasse ter esse gasto extra - lamenta Denise, acrescentando que o transporte público deixou de passar na via há cinco anos, em razão dos inúmeros buracos.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de ônibus
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, a via tem condições de trafegabilidade para o transporte público. Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos diz que a via recebe manutenção do parque de iluminação pública mediante abertura de protocolo.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de paradas de ônibus
Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana, no momento, a prefeitura não possui verba disponível para a aquisição de novas paradas.

Sobram problemas e falta manutenção no Bairro São José

Também na Rua Doutor Antônio Menna Barreto existe uma sanga cercada por uma vegetação alta e cheia de lixo. Em dias de chuva, ela transborda e impede a passagem dos moradores. Denise conta que a vizinhança mesmo teve que tirar um pouco de terra e de mato do local para conseguir transitar pelas imediações da sanga. Os moradores reclamam, ainda, da falta de encanamento na rua.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a sanga na Rua Doutor Antônio Victor Menna Barreto
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, o acúmulo de lixo junto à sanga é a principal causa de alagamentos. A Secretaria de Meio Ambiente já realiza ações de limpeza por meio de mutirões e pede a colaboração da comunidade na preservação do local.
O QUE DIZ A CORSAN
O Diário entrou em contato com a Corsan, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

Ruas esburacadas incomodam vizinhança do Bairro Renascença

NA ESCOLA
Os problemas de infraestrutura no bairro também afetam a comunidade da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Link Sobrinho. Os fundos da instituição ficam na Rua Oscar Henrique Zappe, que está cheia de buracos. Além disso, os muros da escola foram depredados, a vegetação está alta em volta da quadra de esportes e há muito lixo no entorno do colégio. A professora de português Tania Regina Pires Neves conta que, em dias de chuva, o pátio da escola alaga, impossibilitando as atividades escolares. Além disso, muitos alunos nem conseguem chegar à escola quando chove, já que, conforme a professora, o fluxo do transporte coletivo diminui nesses dias. 
O QUE DIZ A 8ª CRE
Conforme o professor e coordenador regional de educação José Luis Viera Eggres, a escola tem, em caixa, o valor de R$ 20 mil, desde 2014. A instituição pode utilizar esse valor para as reformas no muro, quadra da escola e manutenções no pátio. A limpeza do lixo nos entornos é de responsabilidade do colégio. Além disso, a escola também conta com um recurso de autonomia financeira que usa para a manutenção de pinturas, consertos de portas e janelas. Eggres diz, ainda, que basta o diretor da instituição encaminhar um ofício com o pedido de consertos que é possível utilizar o dinheiro existente no caixa da escola.

Moradores do bairro Rosário convivem com assaltos a pedestres e estabelecimentos

Ainda segundo Tania, há poucos restaurantes ou lojas na vizinhança, o que faz com que a população precise se deslocar para ter acesso a essa tipo de empreendimento.

- Quase não tem desenvolvimento aqui. É um ponto que seria bem importante trazer para o bairro. Não ficaríamos tão esquecidos. Temos preocupação, também, com a segurança dos nossos alunos, pois é difícil ver um patrulhamento aqui no bairro - diz ela.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de novos empreendimentos no bairro
Segundo a assessoria de comunicação, a prefeitura apoia e incentiva novos empreendimentos na cidade, e implementa políticas, como o Poupa Tempo, para isso acontecer.

Está bem difícil passar pelas ruas do Bairro Lorenzi

Ainda de acordo com a professora, se não fosse o zelador da escola, os assaltos e arrombamentos iriam persistir:

- Agora que o zelador mora aqui e que a escola investiu em câmeras de segurança, podemos trabalhar mais tranquilos.

Foto: Natália Venturini
Aparelhos da academia ao ar livre estão muito enferrujados, o que impede a comunidade de utiliza-los

Outra reclamação da comunidade é da falta de uma área verde no bairro. O local conta com uma academia ao ar livre na Rua Visconde Ferreira Pinto, mas os aparelhos já estão enferrujados, e alguns, depredados. Além disso, existe lixo acumulado no terreno da academia, atrapalhando quem utiliza o local. Também faltam placas de nomes nas ruas e a sinalização de trânsito.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a academia e os aparelhos enferrujados
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos irá programar uma vistoria no local para avaliar a manutenção.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de placas de sinalização e nomes de ruas
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, um Termo de referência está sendo elaborado para a abertura de uma nova licitação para a colocação de placas com nomes de ruas. A demanda sobre as placas de sinalização de trânsito será repassada ao Setor Técnico para a vistoria e inclusão no cronograma da pasta.

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